Desabafos...
Feridas... Abertas. De novo soltam o seu pús sobre a carne...
A voz que me incendeia de raiva este corpo já de si febril demonstra-me que toda e qualquer ferida jamais será sarada.
Mói e "re-mói" verificar que estou infiltrado numa secular disputa familiar na qual eternamente darei o mesmo passo, o de explicar a verdade inócua.
Um "calvário" não é só por si a explicação para uma existência frustrada, não como eu o penso. Não. Nunca tal me ocorreu, pois recordo exactamente uma das lições que me ensinou quem não o tinha por dever mas que o fez por Amor. "Não faças aos outros o que te fazem a ti", uma lição que compreendo que não quisesses seguir devido à sua natureza de permanente vulnerabilidade. Pois, eu aceito mas também não respeito, poderei ser apenas jovem mas tenho um milhar de reflexões calculadas que não poderás imaginar, e no dia em que me permitir quebrar os meus valores e ideais também eu serei uma névoa ambulante que subsiste à emoção.
Escrevo de raiva porque te revejo em muitos rostos, falta de coragem, falsos valores. De facto, poderei não alcançar facilmente as coisas, mas disto estou certo, nunca cessarei de lutar.
"Mas que discurso banal, comum e tirado de uma epopeia..."
Pensamento quase correcto, pois, é comum a quem aceita a sua moralidade, a sua humanidade enquanto ser independente da época, cultura, ou tradições. Pensamento de bem, sim.
Aspiro à verdade, unversal e única que vive dentro de nós... O sentimento de dever que tão facilmente foi apagado. Nunca será banal, seria porventura perfeito, e o tão na moda utópico, mas nunca banal.
É certo que a perfeição é um desejo cada vez mais distante da realidade, mas naquele momento de pura emoção, aquele em que existe uma troca de emoções, energias e muitas vezes compreensão, esse momento enche-nos com um liquido amniótico que nos fornece todos os nutrientes indispensáveis à vida, e um sentimento de dever... Cumprido.
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